Sunday, March 20, 2005

Joe Enguia e os Intelectuais Conimbricenses (e arredores)

Tendo acabado de enfardar três bifanas (a navegarem em mar de maionese, mostarda e ketchup) e bebido um litro de...Coca-Cola, Joe Enguia sentia-se semelhante a um barril. Era o seu primeiro almoço na sua pátria natal, e como tal tinha-se premiado com uma bifana bónus, "a cereja em cima do bolo". À semelhança de um camião TIR por uma estrada secundária, assim se movimentou o nosso personagem entre os tachos e panelas esquecidos na cozinha até atingir a sua meta: "o SOFÁ". A vóvó e a mãe estavam a discutir qualquer coisa acerca do modo de comportar de um dito irmão, o modo como ele falava, os valores que ele tinha... ou que dizia que tinha, os seus interesses da vida, os seus ideais,...(enfim qualquer coisa do género "à boa maneira Portuguesa"). Enquanto os seus parentes se levantaram e se dirigiram a jeito de um TGV português para a cozinha, Joe começou a ter um pseudo-pensamento, daqueles tipo bola de sabão:
«Tenho de alterar a minha maneira de agir, estes gajos andam mais à frente, parecem uns verdadeiros intelectuais»
E decidiu cortar, do mesmo modo que a guilhotina francesa o fez à cabeça de Luís XVI, aquele jeito que tinha comprado nas Américas (Eu sou bom, Eu sou muito bom, Eu sou mesmo muito bom) e passar a gritar em discussões futuras a Lei de Einstein: «tudo é relativo». Deste modo, tinha pregado na sua cabeça uma tabuleta: «Eu posso não ser bom mas tu és muito pior»; «Eu sou incrível, magnífico, mas apenas porque ele não vale nada».....assim se fez o upgrade de Joe Enguia para um verdadeiro "português contemporâneo" ou melhor num intelectual Conimbricense e arredores.

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